"Mas, se alguém me perguntasse o que deverá ser doce, talvez não saiba responder.
Tudo é tão vago como se fosse nada."

terça-feira, 19 de abril de 2011

Deixa-me ...

No fadário que é meu, neste penar,
 noite alta,noite escura,noite morta,
 sou o vento que geme e quer entrar,
 sou o vento que vai bater-te a porta...

 vivo longe de ti, mas que me importa?

 Se eu já não vivo em mim,ando a vaguear.
 Em roda a tua casa, a procurar
 beber-te a vez,apaixonado, absorto!

 Estou junto a ti e não me vês...
 Quantas vezes no livro que tu lês.
 Meu olhar se pousou e se perdeu!

 Trago-te como um filho nos meus braços!
 E na sua casa...Escuta! uns leves passos...
 Silêncio! meu amor!...abre!... sou eu!...
Deixa-me entrar em teu coração,como o Sol que entra pela janela do teu quarto.

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