"Mas, se alguém me perguntasse o que deverá ser doce, talvez não saiba responder.
Tudo é tão vago como se fosse nada."

sábado, 16 de abril de 2011

La Solitudine ...


A minha Dor é um convento ideal

Cheio de claustros, sombras, arcarias,
Aonde a pedra em convulsíµes sombrias
Tem linhas dum requinte escultural.

Os sinos têm dobres de agonias
Ao gemer, comovidos, o seu mal...
E todos têm sons de funeral

Ao bater horas, no correr dos dias...
A minha Dor é um convento. Há lírios
Dum roxo macerado de martírios,

Tão belos como nunca os viu alguém!
Nesse triste convento aonde eu moro,
Noites e dias rezo e grito e choro,
E ninguém ouve... ninguém vê... ninguém sente,,. O que EU sinto.
“Se a tua dor te aflige, transforma-a num poema.” 

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