"Mas, se alguém me perguntasse o que deverá ser doce, talvez não saiba responder.
Tudo é tão vago como se fosse nada."

quinta-feira, 31 de março de 2011

Fragmentos ...

Não amo por muito motivos, porque eles realmente fogem ao vê o amor chegar. Se for parar para analisar, sinceramente não tenho certeza de como amamos, mas de fato todos amam, talvez seja uma caixinha dentro do nosso ser que se abre para aqueles que querem nosso bem. Acredito que a explicação não esteja nas pessoas, talvez sejam elas.


Posso sentir você em cada pedaço de mim e nunca algo foi tão forte ao ponto de me fazer estremecer por imaginar, sorrir por sonhar. Sinto você em uma sintonia diferente, inexplicável até pra mim, que sempre gostei de coisas mais detalhadas. Não é necessário estar perto pra estar junto, tocar pra realmente sentir, não é necessário ver para amar, agora eu entendo o que diziam sobre o amor ser maior que tudo, hoje eu sei.

“Ele pode estar olhando as suas fotos. Neste exato momento. Porque não? Passou-se muito tempo. Detalhes se perderam. E daí? Pode ser que ele faça todas as coisas que você faz. Escondida. Sem deixar rastro nem pistas. Talvez ele passe a mão na barba mal feita e sinta saudade do quanto você gostava disso. Ou percorra trajetos que eram seus, na tentativa de não deixar que você se disperse das lembranças. As boas. Por escolha ou fatalidade, pouco importa, ele pode pensar em você. Todos os dias. E ainda assim preferir o silêncio. Ele pode reler seus bilhetes, procurar o seu cheiro em outros cheiros. Ele pode ouvir as suas músicas, procurar a sua voz em outras vozes. Quem nos faz falta acerta o coração como um vento súbito que entra pela janela aberta. Não há escape. Talvez ele perceba que você faz falta. E diferença. De alguma forma, numa noite fria. Você não sabe. Ele pode ser o cara com quem passará aquele tão sonhado verão em Paris. Talvez ele volte. Ou não.”

Às vezes você só descobre o verdadeiro valor de um momento quando ele se torna uma lembrança.


“Eu entro nesse barco, é só me pedir. Nem precisa de jeito certo, só dizer e eu vou. Faz tempo que quero ingressar nessa viagem, mas pra isso preciso saber se você vai também. Porque sozinha, não vou. Não tem como remar sozinha, eu ficaria girando em torno de mim mesma. Mas olha, eu só entro nesse barco se você prometer remar também! Eu abandono tudo, história, passado, cicatrizes. Mudo o visual, deixo o cabelo crescer, começo a comer direito, vou todo dia pra academia. Mas você tem que prometer que vai remar também, com vontade! Eu começo a ler sobre política, futebol, ficção científica. Aprendo a pescar, se precisar. Mas você tem que remar também. Eu desisto fácil, você sabe. E talvez essa viagem não dure mais do que alguns minutos, mas eu entro nesse barco, é só me pedir. Perco o medo de dirigir só pra atravessar o mundo pra te ver todo dia. Mas você tem que me prometer que vai remar junto comigo. Mesmo se esse barco estiver furado eu vou, basta me pedir. Mas a gente tem que afundar junto e descobrir que é possível nadar junto. Eu te ensino a nadar, juro! Mas você tem que me prometer que vai tentar, que vai se esforçar, que vai remar enquanto for preciso, enquanto tiver forças! Você tem que me prometer que essa viagem não vai ser a toa, que vale a pena. Que por você vale a pena. Que por nós vale a pena. Remar. Re-amar. Amar.”

          Independente de quem você realmente é, as pessoas vão te enxergar como elas  quiserem. 
          Então, pra que ficar mudando por pessoas que nunca vão enxergar quem você é de verdade?   
 
                                                             “Só nós dois, só os dois, só à dois.”





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