"Mas, se alguém me perguntasse o que deverá ser doce, talvez não saiba responder.
Tudo é tão vago como se fosse nada."

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Laberadas de Prazer.

Ela sempre foi fascinada pelo fogo, mas nunca teve coragem de tocá-lo. Um dia ela se entregou. Não a qualquer labareda, mas a um incêndio. Era forte, brilhando e podia jurar que sussurrava aos seus ouvidos. Nunca chegou a pensar sobre do que o fogo se alimentava. Ele precisa roubar o ar pra continuar acesso, é a sua natureza. 

Mesmo depois de cada pedaço consumido e até do seu coração que foi queimado, ela apenas sorria. Não escutava mais outras vozes, não sentia outros abraços, não queria outros beijos. Tinha consciência de que quando acabasse só lhe restaria poeira e lembranças, talvez. Lembranças, “valia a pena” dizia a si mesma. Sim, queimava. Mas não havia gritos ou dor alguma, ela só sentia prazer.

 Em outros corpos não encontrei o que só em teu beijo achei, acompanhas de longe a minha procura incessante pelo que de mim está distante, me envolve traz a chama e me sinto queimar, ao contemplar a doçura de tuas belas palavras que são canções para meus ouvidos, me abrigas por uma noite, por alguns instantes, momentos... Mas ao amanhecer quando abro meus olhos percebo que estou no vazio a mercê das coisas sombrias que me deixam sem porto seguro que é a tua paixão com meu corpo em brasas espero tua volta restituir a chama. 
A distância faz ao amor aquilo que o vento faz ao fogo: apaga o pequeno, inflama o grande.
                                                                               Por : Diana Kroger & Caíco Isemberg

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